quinta-feira, 4 de novembro de 2010

OS NOVOS MINISTROS DE DILMA.

Gim Argello vai levar proposta de mínimo de R$ 580 para Lula

Senador Gim Argello
O relator-geral da Comissão Mista de Orçamento, Gim Argello (PTB-DF), vai levar na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidenta eleita, Dilma Rousseff, a proposta de R$ 580 para o salário mínimo. O valor foi sugerido nesta quinta-feira (4/11) por representantes de centrais sindicais, que pleiteiam ainda a correção das aposentadorias e pensões em 80% com base no Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior. O encontro servirá para avaliar a possibilidade de um reajuste do salário mínimo, em 2011, superior aos R$ 540 previstos no relatório da proposta orçamentária.

Gim comprometeu-se a ser um interlocutor das reivindicações dos sindicalistas nas conversas com o governo federal. Ele ressaltou, no entanto, que a ideia é “encontrar um número realista”, que não comprometa outros compromissos que demandarão recursos orçamentários. “Se a realidade for um reajuste de R$ 540, vai ser esse valor, se for R$ 550, vai ser esse”, exemplificou o parlamentar.

Ele destacou que o relatório de receitas da proposta de orçamento para 2011 prevê R$ 17 bilhões que precisarão ser remanejados para uma série de compromissos, inclusive alguns já determinados pela Justiça. Sobre a reunião com Lula, Dilma Rousseff e também o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o senador afirmou que de posse desses números o governo poderá “analisar a realidade do país”.

Gim considerou pertinente a proposta das centrais de tomar como base para o reajuste de salário mínimo o PIB de 2010 e não o de 2009 que, por conta da crise financeira mundial, foi zero. O governo federal tem adotado como regra para o cálculo do salário mínimo a variação do PIB de dois anos anteriores mais a reposição da inflação do período.

O presidente da Força Sindical e deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) considera que as negociações com o governo sobre o valor do salário mínimo de 2011 se arrastarão até o início de dezembro. Ele defendeu a proposta implantada pelo governo para o cálculo do valor e ressaltou a importância de se tomar por base o percentual de crescimento PIB deste ano uma vez que o de 2009 ficou comprometido.

“Consideramos que o aumento do poder de compra do salário mínimo tem dado certo e não quebrou a Previdência Social nem as prefeituras, como diziam que iria acontecer”, afirmou o pedetista. Segundo ele, o projeto de orçamento para 2011 tem “dinheiro sobrando” para financiar o reajuste do salário mínimo de R$ 580.

Cid Gomes afirma que defenderá Aécio Neves para a presidência do Senado

Senador Aécio Neves
O governador do Ceará Cid Gomes (PSB) afirmou que defenderá, durante a reunião da executiva que está sendo realizada nesta quinta-feira (4/11) em Brasília, o nome do senador eleito Aécio Neves (PSDB) para a presidência do Senado em 2011.

De acordo com Gomes, se a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) fizer um aceno de que estenderá a mão à oposição, a petista conseguirá, antes mesmo de assumir, um pacto de governabilidade que poderia convencer o Congresso a aprovar os projetos do pré-sal ainda este ano.

O governador afirmou que Aécio é uma pessoa de diálogo e não representa o PSDB mais radical, ligado ao presidenciável derrotado José Serra. "Na minha opinião, Dilma deve fazer um gesto de estender a mão à oposição, indicando Aécio à presidência do Senado. Quem encarna um PSDB mais radical, pelo histórico da polarização, é o Serra. Se isso acontecesse, ela já iniciaria o governo com um pacto pela governabilidade. Mas esse acordo teria pontos condicionados, entre eles o compromisso da votação do pré-sal e da reforma tributária. Isso fortaleceria ele (Aécio) no PSDB, e dialogar com ele é muito melhor do que com alas radicais do patido", afirmou.

Cid Gomes informou que o tema será debatido ainda hoje na reunião, mas ainda não tem a posição do restante dos membros do partido sobre o assunto.

SERÁ QUE A PRESIDENTE ELEITA VAI TER ESSA CORAGEM?

Revista Forbes elege Dilma a 16ª personalidade mais poderosa do mundo

Dilma Rousseff
WASHINGTON - O presidente chinês Hu Jintao lidera a classificação da revista americana Forbes das personalidades mais poderosas do planeta, destronando o americano Barack Obama. O presidente dos EUA foi vítima da vitória republicana nas eleições legislativas de terça-feira. A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, é a 16ª da lista de 68 personalidades.

Dilma está à frente de nomes como o presidente da Apple, Steve Jobs (17º lugar), o presidente da França, Nicolas Sarkozy (19º lugar), e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton (20º lugar).

Em relação ao presidente da China, segundo a Forbes, Hu Jintao "exerce um controle quase ditatorial sobre 1,3 bilhão de pessoas, um quinto da população mundial".

"Ao contrário dos líderes ocidentais, Hu pode desviar rios, construir cidades, pôr dissidentes na prisão e censurar a internet sem intromissão de burocratas irritados ou tribunais", diz a revista.

O presidente Obama acaba de sofrer "uma espécie de derrota" com a vitória republicana nas eleições de metade do mandato, considera a Forbes.

"Após ter promulgado amplas reformas durante seus dois primeiros anos no poder, Obama vai, nos próximos, ser bloqueado no momento de aplicar seu programa", diz a revista.

O rei Abdullah da Arábia Saudita chega na terceira posição na lista dos mais poderosos, seguido pelo premier russo Vladimir Putin, do Papa Bento XVI e da chanceler alemã Angela Merkel. O líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, é o 57º.

Mês passado, a Forbes posicionou a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, na liderança das mulheres mais poderosas do planeta.

A revista, propriedade do bilionário Steve Forbes, um ex-candidato republicano à eleição presidencial americana, havia sido alvo da irritação da Casa Branca. Em setembro, a revista publicou artigo afirmando que Barack Obama estava corroído pelo "anticolonialismo" que herdou de seu pai queniano.